Si la vieras (Cometta)

Esta canção, fruto da união de músicos de diversos países latinoamericanos, apresenta um vocabulário de descrição diverso, utiliza o pretérito simple para contar sobre uma noite marcante e o subjuntivo para apresentar ao ouvinte a beleza da pessoa amada. Assim, essa música pode ser abordada em sala de aula como uma base para a escrita de uma conversa no whatsapp, em que os alunos deverão se dividirão em duplas e apresentarão, em espanhol, algum país hispânico, ressaltando um aspecto que chame a atenção.

Si tú me quisieras (Mon Laferte)

Essa canção da cantora chilena-mexicana Mon Laferte retrata os sentimentos de um eu-lírico perdidamente apaixonado que quer mais que tudo ter sua pessoa amada de volta. Para isso, são utilizados verbos no subjuntivo, expressando como tudo poderia ser diferente se os dois ficassem juntos. Além disso, essa música deve ser trabalhada sobre um olhar crítico e cuidadoso, pois o eu-lírico retrata ainda uma extrema fragilidade emocional, abordando temas delicados. Assim sendo, pode ser trabalhada dentro de um debate na sala de aula sobre saúde mental, em que os alunos poderiam escrever uma continuação para a música em que o eu-lírico supera sua dependência emocional.

Miedo (Pedro Guerra e Lenine)

A canção Miedo apresenta momentos em que é cantado em espanhol e em português, trazendo consigo a possibilidade de se desenvolver uma reflexão intercultural entre diferenças e semelhanças entre vocabulário e pronunciação nas duas línguas. Além disso, a canção traz vocabulários sobre medo, que pode ser usado tanto para discussões em sala de aula sobre os medos dos alunos, como também para que os alunos desenvolvam de forma escrita lendas amedrontadoras e depois contá-las para a sala. 

Si Fueras mia (D.O)

Essa canção, interpretada pelo cantor coreano D.O, demonstra uma interessante relação no uso do presente do indicativo e o pretérito imperfecto del subjuntivo ao retratar um solitário amor, que somente pode sonhar promessas. Os verbos no presente adiquirem um valor semelhante aos do pretérito imperfecto del subjuntivo, com a maior diferença sendo o maior valor de certeza que o presente apresenta na canção. Além disso, também está presente o vocabulário típico de juras de amor, uma clara aproximação linguística do cantor coreano à variante do espanhol do Rio de la Plata e figuras de linguagem como metáfora e hipérbole.

Quizás, quizás, quizás (Lisa Ono)

Essa envolvente canção, interpretada pela cantora nipo-brasileira Lisa Ono, fala sobre a frustração de um eu-lírico que quer estar perto da pessoa amada que sempre adia seus encontros. Assim, a canção apresenta um vocabulário recheado de advérbios que são utilizados para expressar essa grande incerteza. Deste modo, a canção pode servir como base para o trabalho de diversos gêneros discursivos, como os alunos criarem uma notícia para um telejornal, retratando um possível desenrolar da história dessa canção, tendo como ponto norteador a resposta para os advérbios “cuando”, “donde” e “cómo” apresentados na canção.

Bésame mucho (Lisa Ono)

Essa carinhosa música, interpretada pela cantora nipo-brasileira Lisa Ono, apresenta uma interessante relação linguística entre o imperativo afirmativo, o presente do indicativo e o pretérito do subjuntivo. Na canção, o eu-lírico utiliza o imperativo para pedir que seu amor o beije, utilizando, depois, uma oração no subjuntivo, trazendo, portanto, uma ideia de como esse beijo deve ser. Além disso, o presente na canção indica as vontades e medos desse eu-lírico, que implora por seu amor. Assim, tanto o presente como o indicativo adquirem novos usos dentro dessa canção. Além disso, a canção também pode ser um terreno propício para uma reflexão sobre colocação pronominal e o uso de advérbios em espanhol. Nesse sentido, essa canção pode ser utilizada como base para a construção de diversos gêneros linguísticos, como um bilhete carinhoso para uma pessoa amada.

Sabor a mi (Monsieur Periné)

Esta famosa canção mexicana tem sua personalidade renovada na interpretação de Monsieur Periné, grupo musical colombiano. Ao retratar a dor da separação de um casal por diferenças de classe social, a música utiliza verbos no presente e no futuro para marcar essa vontade de permanecer juntos. Assim, além de poder trabalhar o vocabulário amoroso presente na aula, o professor também poderá propor uma atividade de escrita de bilhetes com declarações amorosas que utilizem o vocabulário e os tempos verbais da música, que poderão ser reunidos e colados em um quadro na sala de aula.

Sabor a mi (EXO)

Nesta versão da canção, os traços melódicos do bolero são mantidos e por ser interpretada por um grupo de kpop, é possível trabalhar em sala de aula os diferentes sotaques que cada integrante apresenta, como também qual variante nativa do espanhol eles se aproximam. Assim, é possível proporcionar um aumento da percepção fonético/fonológica dos alunos, como também uma auto-análise sobre suas próprias produções orais.

Rayuela (Gotan Project)

Essa música mescla uma instrumentação muito característica ao tango com trechos do livro Rayuela do escritor argentino Júlio Cortázar. Ela também traz consigo um vocabulário poético de brincadeiras infantis, além de proporcionar por meio dele profundas reflexões sobre a vida. Para além emoção estética, a canção apresenta uma forma de adaptar um texto literário para outro gênero discursivo Assim, é possível utilizá-la para uma atividade em que o aluno deverá adaptar outros capítulos de Rayuela (ou qualquer outro texto literário escolhido) para um gênero do discurso das redes sociais, como tweet, conversa de whatsapp ou story do instagram.

Agradecemos as contribuições acima a: João Paulo De Martini Lopes

Me gustas tú (Manu Chao)

Nesta canção, o verbo “gustar” é significamente evidenciado. Este uso verbal é um tema que gera muitas dúvidas para brasileiros por apresentar uma relação sintática diferente daquela utilizada no português. Além disso, essa música também apresenta uma visão pan-hispânica, muito importante para a formação crítica dos estudantes, podendo ainda ser trabalhada com atividades sobre as preferências e gostos pessoais.

El perdedor (Enrique Iglesias e Marco Antonio Solís)

Esta canção do espanhol Enrique Iglesias, em contribuição com o mexicano Marco Antonio Solís, apresenta verbos no presente e no pretérito compuesto do indicativo, além de trabalhar bastante o verbo preferir. Assim, é uma ótima canção para trabalhar com alunos de nível básico a temática de preferência e também a escrita de gêneros textuais como uma mensagem de Whatsapp a um amigo contando sobre suas preferências.

Agradecemos as contribuições acima a: João Paulo De Martini Lopes e Mayara Mayumi Sataka

Piel Canela (Eydie Gorme, Los Panchos)

Piel Canela, canção da estadunidense Eydie Gorme em contribuição com a banda mexicana Los Panchos, utiliza diversas vezes do presente do subjuntivo e outros tempos verbais que expressam condição. Assim, pode-se utilizá-la também para comparar as diferenças de sentido e de aplicação destes tempos verbais, como por exemplo em previsões ou desejos.

Agradecemos a contribuição acima a: João Paulo De Martini Lopes e Marcela Tafner

Ojos color sol (Calle 13 e Silvio Rodríguez)

“Ojos color sol”, canção do trio porto-riquenho Calle 13 em contribuição com Silvio Rodríguez, cantor cubano, trabalha com o pretérito perfecto simple para narrar um dia passado ao lado da pessoa amada, abordando um campo semântico recheado de elementos astrais e da natureza em geral, de forma a realizar comparações com a pessoa amada, ressaltando-a. Essa canção pode ser utilizada para discussões que envolvam vocabulário relativo aos cinco sentidos em relação à natureza ao seu redor, de maneira romântica.

Agradecemos a contribuição acima a: Mayara Mayumi Sataka e Marcela Tafner