Dinâmica: Usando “Jenga” em sala de aula

Autoria: Mariana Gaspar Gomes Nogueira


O que é essa ideia?
Ao utilizar jogos geralmente conhecidos, mas em um contexto de sala de aula, é possível que os alunos se divirtam de maneira leve, enquanto colocam em prática o conteúdo aprendido. Esta dinâmica é bem flexível, portanto sendo facilmente adaptada aos diferentes contextos de sala de aula, já que consiste apenas em responder perguntas ou completar sentenças a partir dos acontecimentos do jogo.


Por que usá-la?
A atividade usando “Jenga” permite que o professor consiga mover elementos de competição de modo saudável, já que estarão ligados ao jogo em si, e não à língua estrangeira. Além disso, os alunos terão que se mexer para jogar, sentando em círculo no chão, o que também auxilia na dinâmica da aula, fazendo com que haja interação mais descontraída entre os participantes.


Material necessário:

  • Jogo no estilo “Jenga” (torre de equilíbrio);
  • Slides com perguntas/frases para completar, ou pedaços de papel colados nas peças do jogo com as informações escritas (dependendo de como o professor quiser adaptar a dinâmica, já que também pode ser utilizada com exercícios de escuta ou fala, ou até de escrita com os alunos escrevendo as respostas na lousa).

Como realizar?

  1. Se a quantidade de alunos for grande, o professor poderá separá-los em equipes (exemplo: 5 equipes com 8 alunos cada e 1 torre de equilíbrio, em que 1 aluno de cada equipe ficará responsável por mexer as peças, e as respostas serão discutidas entre os outros integrantes). Caso haja mais de 1 torre de equilíbrio disponível, o professor poderá distribuir melhor as equipes e os alunos para que a dinâmica seja mais produtiva.
  2. A partir da organização dos alunos, o professor irá explicar as regras do jogo “Jenga” (https://pt.wikihow.com/Jogar-Jenga), acrescentando as adaptações feitas para a sala de aula. Como dito anteriormente, esta é uma dinâmica bem flexível, então o professor pode trabalhar com as 4 habilidades da língua (falar, escutar, escrever e ler). Algumas sugestões são: a) escrever frases/perguntas em pedaços de papéis e colá-los nas pecinhas do jogo; b) numerar as peças e escrever perguntas na lousa com os respectivos números; c) falar frases com erros gramaticais e pedir para que os alunos corrijam oralmente (trabalhando escuta e fala), e d) escrever frases com erros e pedir para que os alunos corrijam na lousa (leitura e escrita).
  3. Após a brincadeira, o professor poderá corrigir as questões com toda a classe, confirmando se eles tiveram um bom aproveitamento da matéria em questão. Se a turma for menor, as questões poderão ser comentadas assim que forem respondidas, obtendo um feedback instantâneo. Caso a turma seja muito grande, os alunos poderão corrigir entre si em suas equipes (peer correction), e em seguida confirmar com toda a turma e o professor.

Considerações:
Em relação ao esquema de pontuação, os alunos poderão acumular pontos de duas formas: de acordo com o número de peças tiradas da torre; de acordo com o número de respostas consideradas certas. A cada peça tirada com sucesso, os alunos terão que responder a uma questão, e caso a resposta seja entendida como correta, eles poderão repetir a vez e tirar mais uma peça do jogo. Para que uma só equipe não jogue várias vezes seguidas, o professor poderá deixar algumas peças sem números ou em branco, fazendo com que outras equipes possam jogar mais vezes. Como “Jenga” é uma brincadeira que depende de estratégias e sorte, o peso das pontuações não fica somente no conhecimento da língua estrangeira, o que auxilia na confiança dos alunos.